Se não pagarem taxa religiosa, católicos da Alemanha só terão direito à extrema-unção

Com autorização do Vaticano, a
Conferência Episcopal da Alemanha, baixou um decreto determinando que
quem deixar de pagar o imposto da igreja perderá o direito aos
sacramentos, além de não mais poder participar de qualquer atividade
religiosa. O único sacramento que será mantido é o da extrema-unção, a
benção antes da morte. Mas o enterro religioso será recusado.
Na Alemanha, o chamado “imposto da
igreja” está previsto em lei. Católicos, protestantes e fiéis das demais
religiões pagam para suas respectivas denominações algo em torno de 8% a
9% do seu imposto de renda anual. Quem não for religioso ou quem se
desligou formalmente da igreja deixará de pagar o imposto.
O decreto dos bispos alemães advém do
seu desespero com as dificuldades financeiras da Igreja alemã, em
decorrência da fuga de fiéis por causa principalmente dos escândalos dos
padres pedófilos.
A partir de agora, quem não for pagador
do imposto perde o direito de se casar na igreja e tampouco de ser
padrinho de casamento ou de batizado. Também está impedido de trabalhar
na Igreja ou em suas instituições, como escolas e hospitais. Não pode
sequer participar de grupos de caridade e ou de coros.
“Não é possível separar a comunidade espiritual da Igreja institucional", disse a Conferência Episcopal.
A Alemanha tem 24 milhões de católicos,
30% da população. A fuga de fiéis da Igreja, que era de 120.000 por ano,
passou a ficar acima de 180.000 desde 2010, ano em que começaram a
explodir os escândalos de pedofilia.
Em 2010, de acordo com dados oficiais, o
imposto religioso rendeu à Igreja Católica 5 bilhões de euros (cerca de
R$ 13 bilhões) e 4,3 bilhões de euros às igrejas protestantes.
Fonte: Paulo Lopes | Divulgação: Midia Gospel
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