Quatro Dias Antes da Páscoa
Chegou a hora da última praga no Egito. Com a morte
dos primogênitos egípcios, Deus libertaria o seu povo. Em preparação
para o sacrifício da Páscoa, ele mandou que cada família israelita
tomasse um cordeiro e o guardasse quatro dias, até o dia do sacrifício.
No dia determinado por Deus, o cordeiro seria morto e assado,
representando o resgate dos primogênitos de Israel. Veja Êxodo 12:1-8.
Por que não escolher o cordeiro no dia do
sacrifício? Por que quatro dias antes? O texto aqui não explica, mas um
pouco de experiência própria pode nos ajudar. Qualquer pessoa que já
visitou uma fazenda ou um parque zoológico sabe como as pessoas, e
especialmente as crianças, reagem perto de animais pequenos e peludos. É
muito fácil se apegar ao animal inocente e sem defesa. A descrição dada
por Natã mostra o carinho com que uma família pode tratar um
animalzinho (2 Samuel 12:3). Imagine mantendo um cordeirinho no seu
quintal durante quatro dias, só para matá-lo, colocar o seu sangue ao
redor da porta da casa, e depois comer a sua carne. Ao invés de tirar a
vida de um animal desconhecido, eles mataram um cordeirinho que teve,
pelo menos por alguns dias, convivência com a família. O sacrifício
custou, e doeu.
Jesus é o nosso Cordeiro pascal (1 Coríntios 5:7).
Ele não foi escolhido no dia do sacrifício; foi preparado desde
eternidade (Efésios 3:11). E, ao invés de os homens testemunharem a
morte de um desconhecido, Jesus veio ao mundo e habitou entre nós
durante mais de 30 anos (João 1:14; Hebreus 2:9,14). Deus enviou seu
Filho para ser conhecido pelos homens (1 Pedro 1:16). Em forma humana,
ele mostrou toda a bondade, a simpatia, a inocência e a glória divina.
Mesmo assim, "como cordeiro foi levado ao matadouro" para nos libertar
(Isaías 53:6-7). Quando pensamos no sacrifício dele, devemos sentir a
dor!
| Autor: Dennis Allan | Divulgação: estudosgospel.com.br |
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